Compartilhar em vez de ter
Esta surgindo situações de cooperação nas comunidades mais competitivas do mundo. Ele serve como exemplo para seguir acreditando que se pode fazer um mundo mais humano.
Em San Francisco, nos Estados Unidos surgiu um exemplo de economia alternativa. Lá criaram uma nova cultura de consumo, a do compartilhamento, alugar ou pegar emprestado em oposição a comprar.
O esquema de compartilhamento, “Airbnb” envolve não apenas hospedagem como compartilhamento de carros, pequenos trabalhos e aluguel de ferramentas, roupas e praticamente qualquer objeto pode ser emprestado e compartilhado. Em essência, não é muito diferente do que ocorria quando alguém oferecia serviços em um mural ou emprestava algo a conhecidos.
A ideia deles é que tudo pode ser compartilhado e com isso contestam o conceito de sociedade de consumo do século XX. Possuir algo foi visto como base do capitalismo, principalmente nos Estados Unidos (onde paradoxalmente esta surgindo esta ideia).
Para utilizar o aplicativo basta os valores de confiança e reputação; o que aproxima as pessoas e pode levar a sociedade mais tolerante, criando laços que às vezes se tornam novas amizades.
A proposta é agir em comunidade usando a cooperação e o compartilhar, o que possibilita as pessoas a serem generosas. A ideia incentiva a convivência e a pratica da humanidade o que gera paz . No espaço, como este, ou outras iniciativas que respiramos humanamente é onde se constrói a felicidade. Ainda mais, pode nos deixar mais felizes ao perceber que somos uma grande comunidade interdependente e que podemos melhorar o destino comum globalizado.
A ideia de aproximar as pessoas como um movimento de busca de bem estar pode ajudar ao próprio agente como beneficiar aos que recebem o cuidado. Esta idéia tem a ver com espiritualidade. A prática da espiritualidade e a busca de um sentido de vida vêm de encontro a este movimento independente da igreja ou a crença que a pessoa tenha como fé.
Para o Dalai Lama, a espiritualidade envolve as qualidades do espírito humano, como amor, compaixão, paciência, perdão, noção de responsabilidade, harmonia. Ela pode estar relacionada a ter esperança e fé, ao respeito com o próximo, à solidariedade, à bondade. Por ter o entendimento de que tudo está conectado, ele fala: “pessoas, natureza e universo, e que minhas escolhas e atitudes trazem conseqüências para as outras pessoas e para o planeta que nos incentive a ter uma atitude responsável pelo futuro e pela comunidade que fazemos parte”.
E assim, seguindo o pensamento deste sábio a sugestão é que para estarmos bem e mais felizes devemos cuidar de nosso quintal mas também olhar a vizinhança e fazer nosso aporte quando podemos e se precisa.
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Cecília Urbina
Psicóloga - CRP/12-0957
Membro fundadora da CERES
Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental