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Cuidador
Cuidador
 
O mundo está numa situação ruim. Porém, tudo vai piorar ainda mais se cada um de nós não fizer o melhor que puder”.   Viktor E. FrankI   
 
Quando ocorre um acidente ou uma doença, o paciente sofre mas também tem outro ou outros envolvidos que sofrem: a pessoa cuidadora. “O cuidador” vive o stress de ter alguém querido doente e o stress de ter lhe acontecido uma imposição na sua vida: Cuidar do doente.
 
A pessoa que se transforma em cuidador de um doente tem muitos desafios psicológicos para superar. O primeiro problema é encarar a morte ou a sua proximidade; sendo que no mundo moderno se tenta evitar a percepção da morte.  Na nossa cultura tornamo-nos distante da morte e tendemos a evitar tudo o que nos possa lembrá-la. Outro problema é que as pessoas da família ou os cuidadores próximos já estão prejudicadas pelo seu envolvimento com a vítima e, por isso, fica mais difícil assumir o seu novo papel.
 
O problema pode ser pior, dependendo dos estressores envolvidos. No caso do cuidador, ele tem o stress externo, que é o problema de saúde, e os estressores internos: suas características pessoais, valores, crenças e a forma de interpretar a doença. O modo de dar significado ao problema de saúde ocorrido vai determinar em grande parte como a pessoa vai se adaptar a seu novo papel de cuidador. 
          
Outro problema, que tem o cuidador é a aceitação ou não do papel que a pessoa se sente imposta. Se escolhe ser o cuidador, se assume a responsabilidade está tudo bem; mas se a pessoa sente que lhe resultou ser cuidador e que não queria, como fica?
 
Hoje temos a incrível pretensão de viver segundo nosso desejo e realizar-nos segundo o livre-arbítrio. Achamos que tudo está ao nosso alcance, que as possibilidades são ilimitadas e quando sentimos que são cortados nossos desejos ou que perdemos a nossa liberdade, com freqüência, ficamos revoltados. É comum os cuidadores se sentirem frustrados porque sentem que não tem escolha. Mas o cuidador não está condicionado ou determinado a ter que assumir o papel de cuidador. Em última análise, ele é auto determinado; ele decide aceitar a tarefa de dar suporte ao doente próximo. A escolha de assumir, como toda escolha implica em perdas e conseqüências que o cuidador aceita ou não O papel nunca é imposto pelo doente, nem totalmente imposto pelos outros ou pelas poucas opções de cuidado. Sempre vai ter a opção de encaminhar o doente a outros ou ao sistema de previdência social.
 
Situações extremas como estar numa prisão, ditadura ou até no campo de concentração mostram que em até nessas situações tem um resquício de liberdade do espírito humano; de atitude livre do eu frente ao meio ambiente, mesmo nessa situação de coação aparentemente absoluta.
 
Se pode privar a pessoa de tudo, menos da liberdade última de assumir uma atitude alternativa frente às condições dadas. 
 
Da mesma forma, todo ser humano tem a liberdade de mudar a qualquer instante. O ser humano é capaz de mudar o mundo para melhor, se possível, e de mudar a si mesmo para melhor, se necessário.
 
A liberdade, no entanto, não é a última palavra. Não é mais que parte da história e metade da verdade. Liberdade é apenas o aspecto negativo do fenômeno integral cujo aspecto positivo é a responsabilidade. Na verdade, a liberdade está em perigo de degenerar, transformando-se em mera arbitrariedade, a menos que seja vivida em termos de responsabilidade.
 
Como o cuidador pode combater o Stress
 
  • Aprenda a desligar-se e aproveitar os momentos de lazer, tais como: assistir TV, ler um livro, ouvir música ou cuidar das plantas.
  • Valorize as férias e os finais de semanas. Aproveite ainda que sendo só um dia de folga.
  • Junte-se com outras pessoas com as quais tem afinidade. Saia para se divertir. Pratique uma atividade física que lhe seja prazerosa. Caminhar é sempre relaxante.
  • Cuide da saúde: Mantenha um bom peso. Adquira hábitos alimentares saudáveis.
  • Não se revolte com o que não pode mudar.