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Existem três datas celebradas e ritualizadas ao longo do tempo na nossa cultura: nascimento, casamento e morte. Me proponho a falar hoje sobre casamento, não por ser o mais importante mas, sim por me parecer o mais "confuso". 

Através da história o casamento teve várias funções, mudando segundo os interesses da sociedade. No nosso momento atual observa-se certa confusão na sua definição. Tem pessoas que definem no casamento como sendo: "arquitetos da família", tem outros que o definem como: " inferno", "conjunto de males", " relação baseada no amor e na paixão". Podemos explicarmos estas e outras infinidades de definições, a partir  da variedade de tipos de relações que observamos na sociedade.

Esta variedade é conseqüência da expectativa que os cônjuges tem na relação e como os dois caminhão juntos pela vida. Não existe um tipo ou um estilo melhor que o outro, mas observamos algumas pessoas insatisfeitas, que segundo Matarazzo em grande numero se deve ao amor. Os fracassos são conseqüências de expectativas inocentes e irreais do que o amor é capaz de fazer.

Estou falando que o amor-paixão acabou criando duas armadilhas para os casais modernos, a primeira na medida que acentuaram as "idealizações" e consequentemente os conflitos resultantes da desilusão. A segunda armadilha é que como o amor-paixão em geral não dura, o amor conjugal ligado a ele também não. O divórcio então, coloca-se como uma possibilidade, não como forma de reparar o erro, mas como a sanção normal de um sentimento que não pode nem deve durar.

Quero finalizar propondo uma nova definição de casamento: união conjugal que tem como premissas básicas o afeto, a amizade e o companheirismo entre os cônjuges (autoria de Mcfarlane).

Como observam com esta nova definição a responsabilidade do casamento não esta no amor e sim em você. Assuma a responsabilidade de manter seu relacionamento forte.

Cecília Urbina
Psicóloga - CRP/12-0957
Membro fundadora da CERES
Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental