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Coisa estranha a Tricotilomania

Coisa estranha a Tricotilomania

A minha ideia ao criar o meu site foi divulgar assuntos em saúde mental, para fazer um trabalho de prevenção a doenças mentais. 

Hoje estava aproveitando o prazer ocioso de olhar meus artigos antigos e ao de reler encontro com este assunto estranho: “a tricotilomania”.

Decido conversar a respeito dele com vocês por duas razões. Por ser pouco conhecido, e apesar disso segundo os cientistas americanos este transtorno pode estar afetando até 4% da população. E a segunda razão é que semana passada uma paciente da Clinica Buriti me falou que tem esse síndrome e gostaria tratar.

Este transtorno afeta várias pessoas e, como ao mesmo tempo, é um problema pouco conhecido, pode transformar-se num problema grave, porque as pessoas não sabem reconhece-lo e tratá-lo.

Isso de fato acontece. A pessoa quando tem este “Transtorno do controle dos impulsos”, (A tricotilomania é um transtorno crônico caracterizado pelo impulso irresistível de arrancar os próprios cabelos), inicialmente procuram um dermatologista. Pelo desconhecimento das pessoas, a dificuldade está na procura de um atendimento psicoterapêutico tardio, quando o ato de arrancar cabelos já assumiu a condição de hábito e os pacientes e suas famílias, tendem a negar a possibilidade de que possa a perda do cabelo estar acontecendo por um impulso irresistível e esta negação pode confundir o diagnóstico inicial.

Ao ler isto, não pensem que qualquer arrancar cabelos é um problema. Explico-lhes em seguida quando o ato de arrancar cabelos é um problema psiquiátrico ou psicológico. A pessoa tem tricotilomania se recorrentemente arranca os cabelos. Se isso lhe dá prazer, satisfação ou alivio de ansiedade e se o distúrbio causa sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional. 

A causa da tricotilomania há muito vem sendo objeto de discussão pelos cientistas e ainda não está claro, mas sabemos como tratá-la. 

Se a pessoa está iniciando o ato de arrancar cabelos o reconhecimento do problema freqüentemente alivia o comportamento. Por isso, a importância de estarmos falando desta coisa estranha para que conheçam o problema e saberem que não acontece unicamente com você ou o próprio paciente.

Se a condição for prolongada ou severa, o tratamento deve ser para intervenções psicoterapêuticas apropriadas por possíveis associações com aspectos ansiosos e depressivos.

Apesar da tricotilomania ser algo estranho e que causa sofrimento, o importante é que existe tratamento, cura e que se dispõe dele.

Cecília Urbina, psicóloga.
CRP-12/0957