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Doença súbita ou acidente

“Uma vez que a busca de sentido por parte do individuo é bem sucedida, isto não só o deixa feliz, mas também lhe dá a capacidade de enfrentar sofrimento”. V. Frankl

Quem sofre um acidente ou fica gravemente doente vive uma crise. Ninguém está preparado para um acidente, e naturalmente, vai passar por um momento de crise. Após a crise inicial o individuo pode se sair da situação pelo aspecto positivo ou negativo. Escolher o lado negativo do problema pode levar a ter maiores dificuldades de saúde, como chegar A SUA total destruição pelo agravamento do próprio quadro de saúde.

Se o doente escolhe sair da situação pelo aspecto positivo, vai enfrentar e dedicar-se a resolver o que a doença ou o acidente permite. Tem pessoas que têm uma capacidade inata de resiliência em momentos difíceis e outras pessoas que coma ajuda de outros (por exemplo, um profissional psicólogo) podem se sair melhor, mais, adaptativos e fortalecidos.

Ao falar em perder  a saúde , a primeira palavra que me vem em mente é aceitação, perceber o fato de que as expectativas foram cortadas pela dura realidade. Nessa situação se tem muitos desafios, entre eles o desafio inicial de reconhecer a doença ou o problema físico e as perdas que isso traz. É fácil falar, mais é difícil viver essa situação limite. Para poder aceitar, a pessoa deve sentir pena, tristeza, raiva, as emoções que a dor da perda de súde naturalmente gera. Não tem como negar o problema. Por isto os doentes e/ou acidentados devem falar bastante, pela necessidade emocional. Eles precisam expressar os sentimentos e necessitam compartilhar com outros suas emoções para buscar sentido e , depois, reorganizar-se e se recolocar no mundo. O outro pode ajuda-lo escutando, mantendo a calma, falando seus próprios sentimentos, respeitando o momento. Gostaria de reforçar que, tanto para o paciente como para o acompanhante ou familiar, o fazer de conta que nada aconteceu é errado e faz mal.

O problema de saúde ou a situação de acidente nos dá à possibilidade de crescimento pessoal.

Assim como nas vitórias, devemos ter equilíbrio também para com as dificuldades. Na nossa vida semrpe enfrentaremos tanto vitorias como perdas. Em razão disso teremos que saber lidar com as frustrações, como também com as alegrias.

O que leva algumas vítimas a serem exitosas na superação do trauma são os fatores prévios (personalidade, outros traumas, capacidade de enfrentamento), fatores concomitantes (grau de exposição ao trauma como o grau de intensidade do problema) e os fatores posteriores ao acidente ou doença (entre eles fatores ambientais e sociais).

Apesar de nossa tentativa e do esforço que coloquemos o êxito ou o fracasso também depende de nossa habilidade e da sorte. A doença, o perder a saúde, é bem mais difícil de lidar. A maneira como lidamos com a frustração depende da atribuição que façamos.

Ou seja, o modo como um individuo dá significado a um acontecimento em seu contexto sociocultural particular vai em grande parte determinar se o individuo pode se adaptar com sucesso as dificuldades.

Se quando acontece um acidente ou problema de saúde você pensa que é incontrolável, que você não pode fazer nada para mudar a situação e que isso vai continuar por muito tempo ou piorar, você vai sentir-se um fracasso e seu sistema imunológico e defesas do organismo vão ficar afetadas podendo até agravar sua saúde. Porém, você tem sempre a possibilidade de pensar que as causas que determinam seu sofrimento são momentâneas e são possíveis de controlar e , assim, os efeitos psicológicos vão levar você a se esforçar e tentar mudar a situação.

Lembre-se: Sempre existe dificuldades na vida, mas o caráter de “horrível” somos nós que lhe damos. Sempre podemos mudar a nossa conotação e estar com saúde mental que pode ajudar a melhorar a saúde corporal.

Um caminho para chegar a ter um sentido na vida: mesmo uma vitima desamparada, numa situação sem esperança, enfrentando um destino que não pode mudar, pode erguer-se acima de si mesma, crescer para além de si e, assim, mudar-se a si mesma. Pode transformar a tragédia pessoal em triunfo.